Liberdade de expressão e redes sociais sob alerta
Longe de querer resgatar a história do surgimento das redes sociais, seus usos e aplicações, na contemporaneidade. Quero destacar neste artigo, que estas ferramentas de relacionamento, que tem no ciberespaço, através da rede mundial de computadores, o universo particular de expressão, como o Twitter, popularizado há menos de cinco anos pelo maior marqueteiro, na ocasião, o presidente norte-americano, Barack Obama, estão sendo acusadas por políticos de governos de esquerda e de direita, sem precedentes, como as algozes das rebeliões, tumultos, em seus paises.
Não é de hoje que vemos a perseguição aos meios de comunicação, sobretudo, aos jornalistas, desencadear a sanções intimidatórias. Vide os recentes conflitos, nos paises do Oriente Médio: como na Síria, por exemplo, onde os jornalistas não estão autorizados a entrar e registrar, apurar e relatar para o mundo, as atrocidades na qual o povo está sendo submetido.
Lá, a não ser pela intervenção “secreta” e corajosa de anônimos, via telefones celulares com câmera, e sob bombas, o mundo consegue ver o quanto as ditaduras abusam do poder e submetem as nações aos direitos essenciais, em especial, o da liberdade de expressão.
Na Inglaterra as comunicações via redes sociais, estão a perigo. Os ingleses descobriram que fora por meio delas que as massas, protestaram em defesa de seus direitos de cidadania, após a Polícia agredir brutalmente um homem negro, sendo na seqüência, as massas, barrados à força, pela mesma Polícia inglesa.
Luis Fernando Veríssimo, em seu artigo, em Zero Hora , do dia 18 deste mês, página 2, questiona se este controle das redes sociais poderá render êxito de fato. “O monstro talvez não seja mais domável”, previu o articulista. E, talvez não o seja mais controlável, mesmo.
É bom que assim seja, pois, as redes sociais, assim como o direito de liberdade e de expressão, aqui no Brasil, preservados na Constituição de 1988, possibilitam que seus usuários interajam constantemente, sejam os produtores e geradores de conteúdo, adaptando os usos do sistema aos próprios interesses. Numa era em que as pessoas estão cada vez mais conectadas, plugadas, como queiram, em universos comuns, não há a menor razão e chega a ser detestável se compactuar com propósitos assim.
A maturidade quanto ao uso das redes sociais, talvez, mereça um aprendizado de seus usuários, contudo, elas já se mostraram, em tão pouco tempo, eficazes, tanto para o uso jornalístico, comercial, de relacionamentos, troca de amizades, e outros fins.
Na contramão da expansão das “praças digitais”, onde as comunidades têm acesso livre à internet, as redes sem fios, estabelecer controles virtuais e físicos aos conteúdos, cheira a conspiração das ditaduras contra o povo, puramente eleitor, sempre às espreitas de uma brecha na lei.
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